sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dia Internacional da Criança Desaparecida

No dia 25 de Maio  assinala-se em todo o Mundo o "Dia Internacional da Criança Desaparecida".
A somar aos casos mediáticos que os meios de comunicação propagam (temos como exemplos mais recentes a Joana e a Maddie), muitos outros se juntam.
A iniciativa de criar o Dia Internacional da Criança Desaparecida surgiu na sequência do rapto de uma criança de seis anos - Etan Patz - a 25 de Maio de 1979 em Nova Iorque, que nunca foi encontrada. A partir desta data, várias organizações começaram a assinalar este dia. Contudo somente em 1983 o Presidente dos Estados Unidos declarou o dia 25 de Maio como dedicado às crianças desaparecidas.
Três anos mais tarde o dia 25 de Maio conheceu dimensão internacional.
Na Europa, apenas a partir de 2002 é que este dia passou a ser assinalado pela Child Focus, uma organização europeia não-governamental (ONG), criada no seguimento do caso Dutroux (duas meninas desaparecidas na Bélgica em 1998). Em Portugal começou-se a assinalar esta data em 2004.
Os objectivos desta iniciativa é tentar encorajar a população e os meios de comunicação social a reflectirem acerca de todas as crianças que foram dadas como desaparecidas no Mundo, se tornarem solidários com as famílias afectadas, e ajudarem as autoridades a reflectirem qual a prevenção e estratégias que melhor se adequam a cada caso.
Quando uma criança - dos 2,2 mil milhões que existem no mundo - desaparece, as possibilidades são inúmeras: fuga, rapto, crime, pedofilia, prostituição.
Dúvidas que preocupam milhares de famílias em todo o mundo.
Actualmente, a verdade é que ninguém sabe quantas crianças estão desaparecidas no Mundo. Apesar de não existirem estatísticas globais credíveis, vários países divulgam anualmente o número de desaparecimentos comunicados às autoridades locais.
Contudo os dados em África ou Ásia são praticamente inexistentes. A UNICEF, no seu relatório sobre tráfico de crianças, afirma que a maioria dos casos tem lugar nestes continentes. O caso do Togo, onde uma em cada oito crianças é vendida para o exterior, é pois paradigmático.
Num espírito misto de solidariedade e denúncia, decorre hoje no auditório da Assembleia da República, Praça de São Bento, Lisboa, a II Conferência Europeia intitulada por "Crianças Desaparecidas e Exploradas Sexualmente", organizada pelo Instituto de Apoio à Criança.
Recebe a vinda de vários especialistas nacionais e internacionais, entre eles o presidente do
Grupo Especialista em Crimes Contra Menores da Interpol, mas também representantes do Centro Internacional de Crianças desaparecidas e exploradas (ICMEC) e da Federação Europeia das Crianças Desaparecidas, bem como o coordenador do Departamento de investigação Criminal da Policia Judiciária do Funchal.
Com a ajuda do IAC também foi criada uma Linha telefónica gratuita com o número 1410, destinada a Crianças Desaparecidas apoiada pelo Portugal Telecom, e assinado um Protocolo de Cooperação entre o Ministério da Administração Interna.

Foi também com o objectivo dos pais encontrarem os seus filhos desaparecidos que um grupo solidário de pessoas se juntou criando o Projecto Esperança, uma iniciativa de louvar, sabendo que a Internet é um poderoso recurso no combate a este fenómeno e que pode fornecer os rostos das crianças desaparecidas (através de cartões que se colocam facilmente no site ou blog pessoal ou comercial que possuem fotografias e informações de crianças desaparecidas em Portugal) a milhares de pessoas no Mundo.

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