sábado, 7 de maio de 2011

Odontologistas


Os registros dentais são, freqüentemente, uns dos métodos mais efetivos de identificação do corpo. Assim como as impressões digitais, os dentes de todas as pessoas são diferentes. A forma, tamanho, alinhamento, fragmentos e obturações são registrados com detalhes pelo nosso dentista, quando ele examina nossos dentes. Os odontologistas solicitam estes registros e os compraram com as marcas de mordidas encontradas na cena do crime ou com os dentes dos corpos sem identificação. Os odontologistas tiram raios X dos dentes do corpo encontrado, antes de compará-los com os registros dentais de pessoas desaparecidas.
A primeira vez que os dentes foram usados para identificar os corpos de pessoas mortas foi em 1849, após um incêndio numa opera em Viena.

Cientistas Forenses


Durante uma investigação, onde um crime foi realizado há anos ou décadas, os antropólogos forenses são chamados para fazer uma análise dos restos de esqueletos. Na maioria das vezes, seu conhecimento pode ser vital na construção do perfil biológico da vítima. Detalhes, como: idade, sexo, raça, altura e peso podem ajudar a trazer uma identificação positiva. Os esqueletos só podem ser identificados como procedentes de humanos através de um exame prévio.
Se houver suspeitas de algo ilícito, o antropólogo forense examinará os ossos a procura de algum vestígio de violência ou trauma, por exemplo: sinas de feridas feitas com facadas e ossos machucados ou fraturados. Muitas vezes, os antropólogos forenses são chamados para visitar o local onde foram encontrados os restos e ajudar na exumação do corpo.

Patologistas

Patologistas

Especialistas no funcionamento do corpo humano, os patologistas são capazes de saber qual foi o processo de deterioração gradativa do corpo que levou o indivíduo à morte. De fato, este é o seu trabalho. Esses médicos, altamente especializados, determinam as mudanças estruturais e funcionais que acontecem no corpo humano. Durante a autopsia, eles utilizam uma série de métodos.
O patologista examina o corpo, cortando-o e abrindo-o, e inspeciona os órgãos internos para descobrir o tempo e a causa da morte. O processo gástrico, por exemplo, pára no momento que o corpo morre. Dessa forma, é possível analisar a comida não digerida que ficou no estômago e ter uma idéia do que aconteceu nas horas e minutos que antecederam o fatal acontecimento. É claro que os patologistas trabalham também com os vivos. Muitas vezes, eles são chamados para determinar como aconteceu um ferimento durante um assalto ou estupro. O The Royal College of Pathology se refere ao trabalho do patologista como uma ciência oculta.

O que é Prática Forense?

Prática forense é a aplicação de técnicas científicas dentro de um processo legal. Essas práticas envolvem pesquisadores altamente especializados – ou criminalistas – que localizam vestígios. Mas esses vestígios só podem proporcionar provas conclusivas quando são testados em laboratório. Alguns dos vestígios encontrados não podem ser vistos a olho nu. Hoje em dia, a ciência forense usa o teste de DNA nos julgamentos de acusações complexas e sérias – solucionando assassinatos através dos blocos da vida.
Como os criminosos desenvolveram vias cada vez mais criativas de driblar a lei, nossa força policial foi obrigada a descobrir maneiras mais eficientes de levar esses delinqüentes a julgamento. Mesmo que aparentemente eles não deixem pistas, os detetives descobriram há algum tempo que isto não é verdade. A presença física sempre estará presente em um objeto, local ou até mesmo em outra pessoa. Todos nós sabemos que os criminosos podem ser capturados pelas pegadas e balas de revólver. Mas o que nem todos sabiam era que as fibras, amostras de cabelo e até sujeira de sapato podem ser usados na investigação. De fato, quase qualquer coisa encontrada na cena do crime pode ser testada e usada como prova, confirmando ou não a presença de um suspeito no local.

Crime Verdadeiro

Crime Verdadeiro



Numa investigação de assassinato, à medida que o tempo passa, fica mais difícil encontrar os vestígios. Mas, nos roubos de obras de arte, o tempo é um aliado dos investigadores que tentam resolver o crime. As estatísticas mostram que a maioria dos roubos de obras de arte leva vários anos ou décadas para ser solucionada.
Com a divulgação e publicidade do roubo, qualquer pessoa poderia detectar o ladrão. Por isso, as obras roubadas são mantidas escondidas por um longo período, antes de serem vendidas. Esta é uma das razões pela qual apenas 20% das obras roubadas são recuperadas. A política de muitas casas de leilões, incluindo as líderes Christie's e Sotheby's, é verificar se uma obra de arte é roubada, antes de leiloá-la. Mas a falta de leis facilita a venda dessas obras aos pequenos antiquários.
De acordo com os registros de achados e perdidos de obras de arte, 54% de todas as peças roubadas são recuperadas pelos catálogos de leilões; 31% pela polícia; 6% pelos revendedores de arte e 6% através dos registros dos achados e perdidos. O especialista científico que certifica se uma obra é autêntica ou não, através de um estudo minucioso da pintura, atua como um elemento importante na luta contra os roubos de obras de arte. Equipados com métodos de análises de carbono e pigmento, e técnica de luzes fluorescente UV, estes especialistas conseguem revelar até o mais perfeito falsificador. Se alguém tentar passar uma falsificação de Vermeer ou Velazquez, por exemplo, utilizando pigmento azul da Prússia, será imediatamente desmascarado – o pigmento só foi usado em 1704!

O Sistema do Prazer, as Drogas e a Sociedade!

A busca constante por estímulos prazerosos, como alimentos saborosos, uma cerveja geladinha e a relação sexual excitante, está associada a um "sistema cerebral de recompensa", assim denominado pelo neurobiólogo americano James Olds nos anos 60. Trata-se de uma complexa rede de neurônios que é ativada quando fazemos atividades que causam prazer. Este sistema nos fornece uma recompensa sempre que fazemos determinadas atividades, levando-nos, portanto, a repetir aqueles atos. Biologicamente, ele tem uma função específica e essencial: garantir a sobrevivência do indivíduo e da espécie, ao dar motivação para comportamentos como comer, beber e reproduzir-se.

Infelizmente, não somente as funções fisiológicas normais estimulam este sistema, mas também o fazem o álcool e outras drogas de abuso, e às vezes gerando um prazer muito mais intenso do que as funções naturais.

Como afirmam os autores do artigo Abuso de Drogas [ leia o artigo ] desta edição: "quando uma pessoa usa uma droga psicoativa e o efeito por ela produzido é de alguma forma agradável, este efeito adquire o caráter de uma recompensa". De fato, estudos experimentais comprovam que todos os comportamentos que são reforçados por uma recompensa tendem a ser repetidos e aprendidos. Estudos mais recentes demonstraram que o sistema de recompensa é subjacente a drogas como morfina, heroína, cocaína, álcool e até mesmo a nicotina do cigarro.




Embora possa provocar inicialmente euforia e bem-estar, dando aos adictos uma falsa idéia de efeito benéfico, a influência das drogas sobre o sistema de recompensa, ao tornar-se crônica pela repetição do uso, acaba conduzindo a um poderoso e inescapável ciclo de adição, muitas vezes danificando o cérebro [leia o artigo] e outros órgãos.

Se pensarmos bem, este fato biológico está por trás de uma infinidade de dramas pessoais e sociais e uma modificação talvez irreversível das sociedades, que sofrem pesadamente com o domínio ilícito das atividades de exploração econômica da drogadição. Nos EUA, por exemplo, estima-se que 63% (1) de todas as atividades criminosas, de roubos a assassinatos praticados por gangues e traficantes, e um número incontável de mortes e doenças, são causadas direta ou indiretamente pelo uso de drogas de abuso por uma parcela relativamente pequena da população. Em países como a Colômbia, e nas grandes cidades do Brasil, estas estatísticas podem ser ainda piores. É, sem dúvida uma epidemia assustadora, e a maior tragédia desse final de século.

Por isso, é tão urgente a compreensão dos mecanismos cerebrais da drogadição pela neurociência. Por que ela ocorre? Como bloquea-la?

O objetivo dos experimentos nos quais alguns cientistas estão engajados é descobrir a natureza química dos sistemas mediadores da recompensa. Também nesta edição, no artigo " A Síndrome da Deficiência da Recompensa" [ leia o artigo], são apresentados os mecanismos cerebrais deste sistema intrigante, as causas e conseqüências de sua deficiência e uma breve explanação de escassas tentativas terapêuticas para o fenômeno da adição.

Um dado curioso que emerge das diversas pesquisas nesse campo é que a ação de quantidades minúscula da droga que chegam ao cérebro altera de forma poderosa o comportamento, ao mexerem com os mecanismos normais da neurotransmissão. Uma descoberta fundamental, na década dos 60s, posteriormente confirmada para muitas outras drogas, é que nosso cérebro tem neurotransmissores com estrutura química semelhante às drogas de adição (como as endorfinas, literalmente, morfinas endógenas!) e receptores químicos nas membranas que reagem especificamente às drogas circulantes.

Portanto, o segredo da compreensão do controle das funções cerebrais na drogadição está principalmente em entender os nossos processos químicos de informação. Se pudermos entender como estes sistemas interagem para produzir estes comportamentos, e se soubermos o suficiente sobre a neuroquímica, poderemos eventualmente intervir e bloquear ou corrigir as alterações.

Mas isso não é tudo. Precisamos também entender melhor os mecanismos psicológicos individuais e sociais que estão por trás do fenômeno da drogadição. Afinal, todos nós temos esses sistemas cerebrais, neurotransmissores e receptores, mas apenas alguns de nós sucumbimos ao abuso de drogas.

Cristal a droga da morte está sendo vendida por traficantes no Benedito Bentes

Cristal a droga da morte está sendo vendida por traficantes no Benedito Bentes
Jornal Alagoas em Tempo
A delegada Maria Aparecida, do 22º distrito policial, confirmou com exclusividade para o Alagoas em Tempo, que a droga Cristal Meth, conhecida também como Cristal da Morte, já está circulando em Alagoas, principalmente em Maceió. A droga que está tirando o sono do poder público norte-americano, está sendo comercializada por traficantes do bairro Benedito Bentes. "Essa droga, é mais nociva que a Merla e os efeitos aos usuários é devastador principalmente porque estoura todos os dentes e as gengivas do consumidor. Tenho conhecimento da presença dela no Benedito Bentes, mas, já tenho suspeita que ela está sendo comercializada na minha área que compreende as favelas localizadas no Trapiche da Barra e no Vergel e já estou investigando através de minha equipe de trabalho", disse a delegada.
Segundo a delegada, "O número de usuários desta droga no Brasil é mínimo, mas o fato dela ser 60 vezes mais potente que a cocaína e devastadora por excelência, preocupa a polícia, os órgãos de saúde e de combate às drogas.
Meth vem do hebraico morte e, realmente, é o nome mais adequado para esta bomba. Seus efeitos imediatos são a euforia, aumento do desejo sexual, mas depois pode causar inúmeros transtornos. A destruição física é notória e fora do país é um dos assuntos que mais preocupa as autoridades, quando se fala em Cristal Meth", disse a delegada.
O que é a droga
O farto material foi publicado no blog da delegada e traz o texto da jornalista Suzane Furtuoso, publicado no site da revista Época, reproduzido abaixo na íntegra:
A droga que mais preocupa as autoridades americanas começa a aparecer em raves no Brasil. Uma pedra cristalina, aparentemente inofensiva, tornou-se o pesadelo da sociedade americana. A droga, conhecida como crystal meth ou ice - entre outros nomes -, tem o nome técnico de metanfetamina, é destrutiva e pode ser usada das mais variadas formas: ingerida em cápsula, derretida para ser injetada, cheirada como a cocaína e fumada como o crack.
Com o tempo, a sensação de euforia e o aumento do desejo sexual, produzidos pelas altas doses de dopamina liberadas no cérebro, dão lugar a pânico, alucinações, agressividade, convulsões, falta de apetite, risco de derrame, colapso cardiovascular, corrosão de dentes e gengivas. A droga não custa a levar à morte - e está sendo considerada uma epidemia sem precedentes.
Esse quadro assustador dá seus primeiros passos também no Brasil. Desde o começo do ano, o Departamento de Investigações sobre Narcóticos vem fazendo apreensões da droga em raves e faculdades de São Paulo. No dia 20 de agosto, a Operação Dancing, de combate ao tráfico de drogas sintéticas, prendeu 20 jovens numa rave em Indaiatuba, no interior do Estado, com ecstasy, LSD, maconha e a preocupante novidade.
Ainda não há pistas de como o tóxico entra no país porque a polícia não conseguiu chegar aos traficantes. Assim como o ecstasy, por aqui a crystal meth custa caro e está restrita à classe média alta. Nos Estados Unidos, antes de entrar na moda, foi durante muito tempo a droga típica do meio rural, produzida em laboratórios de fundo de quintal a partir de ingredientes tirados de remédios comuns.
O Grupo de Estudos de Álcool e Drogas do Hospital das Clínicas de São Paulo também registra a presença da crystal meth. O diretor da instituição, o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, já identificou o uso do entorpecente entre jovens pacientes. "Quem experimentou utiliza outros tipos de droga. A descrição é de um ecstasy turbinado", diz. O médico considera preocupante o surgimento da moda. "Por ser sintética e misturada com substâncias cuja reação no corpo é desconhecida, pode se tornar um sério problema de saúde pública", destaca.
Nos Estados Unidos, a meth é tratada como uma epidemia sem precedentes
A pseudoefedrina - usada para produzir metanfetamina, um derivado sintético mais potente da anfetamina - é o estimulante que dá base à droga. É relativamente fácil de produzir, mas perigoso. São comuns explosões nos laboratórios clandestinos que proliferaram no interior dos EUA.
Mais de 12 milhões de americanos já experimentaram metanfetaminas e 1,5 milhão são usuários regulares, de acordo com estimativas governamentais. Ao que parece, nenhum dos Estados escapou da crystal meth. O Missouri está no topo da lista, com mais de 8 mil laboratórios clandestinos. Pesquisa da National Association of Counties feita com autoridades de 45 dos 50 Estados americanos mostrou que, para 58% deles, a crystal meth é, atualmente, a droga mais preocupante. Depois vêm a cocaína, com 19%, a maconha, com 17%, e a heroína, com 3%.
A metanfetamina não é uma droga nova. Como a maconha e a heroína, porém, tornou-se mais poderosa graças à tecnologia. Na década de 50, era prescrita para dietas e casos de depressão. Foi proibida nos anos 70, mas continuou a ser fabricada clandestinamente no interior dos EUA. Na década passada, o tráfico organizado mexicano começou a produzir meth. Hoje, metade da droga consumida é feita no México.

Óxi

Óxi é o nome da nova droga que está sendo vendida pelos traficantes no Brasil. A substância, que segundo especialistas é mais forte que o crack, usa como princípio ativo a pasta da folha de coca.
Assim como o crack, o óxi pode ser fumado ou inalado. Os efeitos começam a surgir depois de, mais ou menos, sete segundos. A substância consegue causar sensações de euforia, depressão, medo e paranoia. A duração desses efeitos é de, no máximo, dez minutos. Por usar cal e combustível como ingredientes adicionais, o óxi consegue agredir mais o organismo do usuário.
A curto prazo, dificuldade na respiração, fibroses e endurecimento do pulmão podem ser causados. Produzida na Bolívia, a droga começou a entrar no Brasil em 2005.